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11/05/2013

Divagando sobre Desafios



           A vida, para mim, é feita dedesafios.
                A maior motivação de qualquer ser humano para continuar seguindo a vida, continuar lutando, não é a recompensa final em si, mas sim ocaminho pelo qual percorremos até chegar a determinado lugar, e a visão da estradinha que ainda vamos trilhar. Pelo menos, é o que eu idealizo para mim.
                Muitas vezes, dentro do ônibus, voltando da escola para casa, começo a pensar (e o trajeto demora uma hora e meia, o que me dá tempo de debater comigo mesma sobre os mais diversos assuntos). Têm dias em que me sinto acabada, como se um trator tivesse passado por cima do meu corpo, e indago qual o motivo de tudo isso.
                Qual o motivo de estudar, descobrir coisas novas, ter cultura, ser bem sucedido na vida... Se nada disso nos dá mais “felicidade”? Afinal, é isso que a maioria das pessoas diz procurar. Ou, se não diz, é o que almeja, certamente.
                E então penso: “Estou aqui, cansada, sentindo-me morta de tanto estudar, sabendo que amanhã, depois e depois será igual... E por que continuo fazendo isso? É para passar no vestibular, é para ter um bomemprego, é para ter condições futuras? Sim, claro que é, mas POR QUE nós, homens, necessitamos de tudo isso? Não basta viver, curtir, desfrutar, amar, sorrir... Não basta?
                Posso estar filosófica demais com todo esse pensamento, mas acho que todos nós já paramos para pensar se não seria melhor largar tudo, virar nômade, sair por aí, deixar-se levar e apenas viver um pouco, antes que seja tarde.
                Mas não fazemos isso. E, a GIGANTE maioria, nunca fará. E aí surge o ponto em que vivemos de desafios.
                Desafios nos excitam, por menores que sejam. A possibilidade de vencer, o desejo de algo... Faz com que lutemos por aquilo. É isso que nos faz viver.
                O espaço é um grande exemplo disso. Afinal, qual é a diferença de saber ou não se existe vida além da Terra? O que muda para nós?
                É o desafio. O desafio de ter algo complexo, imensurável, abstrato em nossas mãos e não saber como lidar com aquilo, ter sede por conhecimento. Isso nos torna humanos, isso nos traz sentimentos, nos faz sentir a vida.
                Eu tenho sonhos. E é por todas essas metas, por mínimas que sejam, por mais imperceptíveis, que acordo todo dia. Estudo. Sofro, de vez em quando. Sorrio, várias vezes.
                É difícil, claro, mas eu sou movida pelos meus objetivos e é apenas por isso que já sorri, já chorei, já vivi, já amei. E eu quero continuar, nunca desistir. Porque, a partir do momento em que não tiver mais caminhos a seguir, mais lugares a se alcançar, terei uma certeza: chegou a hora de partir.

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