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18/05/2013

O buum da pilha de livros




Ela chega as dez, a livraria  acaba de abrir, mas antes passou do MC Donald’s para pegar dois cafés, desde que começou a trabalhar ali, no meio de muitos livros, sua vida passou a virar literatura... Pega seu avental vermelho e fica pensando porque um vendedor de livros de uma livraria no shopping precisa ter um uniforme assim.
São 10:10h  e o movimento é fraco, ela precisa catalogar milhões de livros novos que chegaram, precisa tirar o pó das prateleiras empoeiradas e ainda sim separa um tempinho para admirar os lançamentos do mês, na verdade metade do seu salário fica lá na loja mesmo, não chega nem a entrar na sua conta bancaria, ela  tenta ser esperta lendo alguns na própria livraria, mas quando o livro é bom, sente a necessidade de comprá-los para arquivar em sua coleção.
E o pessoal de lá é mais bem humorados do que ela imaginava antes de começar a trabalhar ali, todos compartilhavam uma paixão, eram fascinados e apaixonados pelo  emprego que tinham, riam e se divertiam o expediente inteiro, e o clima só ficava chato quando a patroa mal humorada chegava.
Aquele não era um bom dia, por mais que tivera tempo para comprar o café, havia perdido a hora, o ônibus tinha quebrado e ela tinha milhares de metas de fim de ano para cumprir, naquele dia  seus cabelos estavam desalinhados, e só tivera tempo de passar seu batom vermelho de costume... 
Empilhava um conjunto de livros do lançamento da autora da série Harry potter, e se fosse confessar diria que não agüentava mais ver o titulo “Morte Súbita” espalhado pela livraria, estava distraída analisando o Call seu parceiro de vendas atendendo uma mocinha bem atrevida para a opinião dela...  Nova, loira com olhos azuis e um tanto bonita, isso a encheu de ódio ao se lembrar que ela estava numa condição péssima e com um cabelo estilo juba de leão.
Foi nessa distração que toda a pilha de livros caiu no chão com um estalo que parou a livraria. Ela pensou em sumir, mas apenas lembrou que aquele não era um bom dia! Buuuum, era necessário recolher livro por livro e começar tudo de novo, mas o Call em um impulso natural, correu para ajudá-la e os dois na hora que terminaram de recolher os livros, já estavam rindo como se nada tivesse acontecido, o papo estava tão bom que ela até tinha se esquecido da menina de cabelos loiros, foi quando ela olhou para o lado e deparou-se com a menina olhando, Call que também percebeu, olhou para loira e lhe perguntou o seu nome, ela chamava-se Liza, a Liza deu um sorriso e falou que os dois funcionários formariam um belo casal.
Ainda com seus cabelos bagunçados ela trocou um olhar confuso com Call, e este sorriu para Liza dizendo que eles formavam mesmo um casal realmente lindo, piscou para ela que para disfarçar a confusão causada pelas palavras do amigo ficou olhando para seu avental vermelho, ela  não entendeu nada, pois até então pensava que eles só eram amigos.
Começou a tocar uma música,trilha sonora dos anos 50, e isso só podia ser armação das amigas do departamento de CD da loja. Call a levantou do chão afinal ela ainda estava arrumando os livros que tinham caído e a puxou para o meio da livraria para dançarem juntos, agora ela entendia porque as livrarias tinham trilha sonora... Todos os clientes ficaram suspirando afinal estavam presenciando romantismo puro que geralmente procuravam nos livros, Call sussurrou nos ouvidos dela: Quer namorar comigo? E a moça apaixonada não só por livros decidiu que aquele não era mais um mau dia, mas mesmo assim  os seus cabelos continuavam terrivelmente armados...
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